quarta-feira, 9 de junho de 2010

“Será que ela vive sozinha?”

Adorei esta coluna da  Sandra Maia do Yahoo, realmente quando temos alguém por perto para nos da aquela  CHAMADINHA na hora certa, antes de já ter antes de já ter se tornado vício,é tudo que se precisa para não cair no ridículo ou mesmo numa depressão que pode se tornar em uma doença grave. Por isso acho que viver só contribui um pouca para a pessoa andar quase (fora da casinha).Ainda mais quando esta pessoa se ajuda e dá o nome a isto de PERSONALIDADE.
Essa foi a forma como começamos uma conversa… Meu amigo insistia em dizer que a garota em questão – no caso uma moça bonita, mas com um péssimo gosto para se vestir – não possuía amigas. Será? Será mesmo falta de amigas? Ele brincava: “Deve morar sozinha, coitada! Ninguém para lhe alertar…”

Então ficou a questão: será que estamos prontos para ouvir? Será que dizemos para o outro o que vai dentro de nós? Será que nos permitimos falar para aquela amiga ou amigo que o modelito adotado não combina, não encaixa, não tem sentido? Será que conseguimos dizer que o perfume é muito doce? Que a forma como sorri assusta, que a cor do cabelo é muito forte, que a maquiagem está péssima; que não é com a mão cerrada que se segura um talher; que fala errado; que fala muito alto; etc, etc…?
Complexo? É complexo. Até porque – para começar esse diálogo, e não monólogo – é preciso de dois. Dois que falem e ouçam. Dois abertos a críticas construtivas e a comentários que ajudam. Dois que têm a intenção de ajudar. Vocês já devem ter se deparado com pessoas que mais parecem um boneco ou boneca!
As barbies são minhas preferidas… Elas se vestem sem levar em consideração seu corpinho, sua idade, seu status, sua posição, sua escolha… Adotam qualquer coisa e se acham… Tudo bem? Mais ou menos…
“Amigos”
É como se a pessoa não conseguisse se ver como é ou está. E o mais incrível é que essas mesmas pessoas ainda encontram reforço naquelas que não têm coragem de desapontá-las e então sorriem – com aquele sorriso amarelo – e afirmam: “Você está linda(o)!”.
Quem será que é mais amiga(o)? Aquela(e) com sorriso amarelo ou aquela(e) que confronta, que questiona, que faz o outro pensar?
Eu tenho uma amiga exatamente com o perfil de quem confronta. Toda vez que me vê um pouco caída, solta o verbo: “Você está horrível hoje. Pode parar! Vamos lá, vou te ajudar a escolher outra roupa, outro visual, outro tudo…” E então lá vamos nós: eu com água nos olhos e ela mudando tudo o que pode ser mudado. Me ajuda com o vestuário, faz a maquiagem, é tudo!
Depois de algumas horas – estamos as duas rindo e analisando: “AGORA SIM! Agora você está linda”, diz ela.
Estrutura emocional
Durante muitos anos não tinha estrutura para aguentar esse tipo de crítica e, então, me trancava – ou pior: assumia aquele modelo que, no fundo, estava longe de ser o meu ideal… Saía por ai, chamava a atenção – talvez como a garota do início do texto – e achava que estava abafando quando estava sendo ridícula…
O maior problema de agirmos assim – não dar ouvidos aos que nos amam – é, primeiro, correr o risco de viver o MICO DO ANO; segundo, encontrar pela frente pessoas que manipulam e que rapidamente compreendem que só ouvimos o que queremos…
Ah, estas aprendem logo essa questão e então podem trazer problemas à frente. Como sabem exatamente o que dizer para nos fazer servis, passam a encantar nossos ouvidos como as sereias… Tornamo-nos então dependentes, submissos, necessitados dessa música, que nos faz dançar qualquer dança que não a nossa.
Aceitar
Ouvir realmente é uma arte. Falar com intenção e sabedoria, outra. Talvez por isso o tema relacionamento me faz tão melhor. Ter o outro ao lado para confrontar crenças, estilos, a forma  que escolhemos  viver pode ser mais prazeroso do que sequer podemos imaginar. Mudar faz parte. A vida é movimento.
Então, por que não aceitar que o tempo mudou, que podemos ser diferentes, que podemos adotar outro padrão? Mudar é muito mais desafiador do que qualquer batalha: demanda presença, visão, audição, olfato, tato, demanda estarmos lá, abertos, prontos para o que der e vier.
Entender tudo isso está vinculado a abrir mão dos medos, do apego e lançar mão do correr riscos – tudo parece se encaixar na vida, na relação de uma outra maneira… Possível? Por que não?
E você? Tem amigos e amigas que te ajudam no dia-a-dia? Você está em que papel mais frequentemente: no que passa a mão na cabeça ou no que confronta? Seus sentidos estão despertos? Estão anestesiados? Como anda você?

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Adorei tua visita, tua opinião é muito importante pra mim.
Bjusss!!! e volte sempre