O dia todo aborrecida, dona Cebola diz à Batata entristecida:
- O meu vestido violeta é de rainha. Que faço eu nesta cozinha? Minha cor é, na verdade, a última novidade!
Quase zombando, o Salsão dá sua opinião:
- Vê se deixa de cascata, você nasceu como a Batata! Debaixo da terra, escondida. Então por que está envaidecida? E de mim o que direi? Até pareço filho de um grande rei.
- Hum! Isso não é nada por agora. Eu, sim, pareço uma grande senhora. Ser Cenoura, isso sim é que é vida. Certamente serei muito conhecida.
O tomate, vermelho de orgulho, não queria ficar fora do barulho:
- Com preferência o Sol me olhou e, com carinho, me maturou.
“Quanta inveja sem razão! Ora que situação!”, pensa triste a Batata com um ar de preocupada. E, finalmente, toma a palavra:
- Não tem sentido essa discussão, somos todos do mesmo chão. Todos, amigos devemos ser, e entre nós, a alegria vai crescer.
A Abobrinha diz radiosa: “A proposta é maravilhosa!”.
E a Ervilha proclama séria: “Essa é a coisa mais bela! Com a Batata nós concordamos, e agora recomeçamos. Novos todos seremos e entre nós a amizade teremos”.
A cozinha agora é serena, que grande mudança de sena! Sem inveja ou ciumeiras, sem gritos ou choradeiras. Que alegria, que emoção fazer juntos um sopão
Pe. Severino Isaías Lima
Que legal, no final vão todos à panela. Quem tiver ouvidos que ouça.... é uma bonita parabola. Bj.
ResponderExcluir