terça-feira, 10 de maio de 2011

- Não tem sentido essa discussão, somos todos do mesmo chão.

                                                                             
O dia todo aborrecida, dona Cebola diz à Batata entristecida:


- O meu vestido violeta é de rainha. Que faço eu nesta cozinha? Minha cor é, na verdade, a última novidade!


Quase zombando, o Salsão dá sua opinião:


- Vê se deixa de cascata, você nasceu como a Batata! Debaixo da terra, escondida. Então por que está envaidecida? E de mim o que direi? Até pareço filho de um grande rei.


- Hum! Isso não é nada por agora. Eu, sim, pareço uma grande senhora. Ser Cenoura, isso sim é que é vida. Certamente serei muito conhecida.


O tomate, vermelho de orgulho, não queria ficar fora do barulho:


- Com preferência o Sol me olhou e, com carinho, me maturou.


“Quanta inveja sem razão! Ora que situação!”, pensa triste a Batata com um ar de preocupada. E, finalmente, toma a palavra:


- Não tem sentido essa discussão, somos todos do mesmo chão. Todos, amigos devemos ser, e entre nós, a alegria vai crescer.


A Abobrinha diz radiosa: “A proposta é maravilhosa!”.


E a Ervilha proclama séria: “Essa é a coisa mais bela! Com a Batata nós concordamos, e agora recomeçamos. Novos todos seremos e entre nós a amizade teremos”.


A cozinha agora é serena, que grande mudança de sena! Sem inveja ou ciumeiras, sem gritos ou choradeiras. Que alegria, que emoção fazer juntos um sopão

 Pe. Severino Isaías Lima

Um comentário:

  1. Que legal, no final vão todos à panela. Quem tiver ouvidos que ouça.... é uma bonita parabola. Bj.

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