Uma das razões para que se preserve determinada tradição está justamente no fato de ela revelar a identidade mais profunda de um povo, construída ao longo de séculos. Através dela é possível conhecer suas crenças, seus valores, sua visão de mundo e o modo como os indivíduos interagem entre si. Hoje, porém, tem surgido uma nova questão: as tradições estão ameaçadas? Poderão elementos não-modernos sobreviver numa sociedade moderna? Poderá a religiosidade sobreviver a uma sociedade que não encontra limites que não estejam em si própria?
O surgimento em massa de padres da igreja católica que se tornaram “superastros” da música, por exemplo, são vistos por muitos conservadores como uma ameaça à tradição religiosa. Para estes, o culto religioso, nas mãos dos novos representantes da fé, perdeu sua característica original e se transformou em algo que faz lembrar muito mais um “show musical”. Mas, se por um lado existem aqueles que condenam a quebra da tradição, por outro, há os que defendem a ideia de que este pode ser o único meio para não condenar a igreja à falência e atrair novos seguidores.
O mesmo dilema é vivido dentro da família, nas manifestações artísticas e culturais, na política, etc. A mãe que deixa o filho sob o cuidado de terceiros para poder trabalhar está quebrando tradições ou provocando uma admirável revolução? É preciso, portanto, equilibrar os pratos da balança. Só assim é que saberemos se o preço pago por quebrar costumes compensa ou se está alto demais. Afinal, modernizar deve, sempre, ser entendido como sinônimo de evoluir, o que nada tem a ver com o verbo destruir
ola passei so para te desejar uma boa pascoa....bj
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